Inteligência de Gato


O Gato é um animal inteligente, com uma percepção precisa do espaço que o rodeia, por isso, sabe encontrar uma saída para cada situação, mesmo a mais difícil. Nos animais, a inteligência é definida como a capacidade de "reagir" de maneira adequada a situações novas.
A Inteligência permite " modificar", mas não excluir, o instinto, permitindo ao animal "analisar" uma situação, isto é, recorrer à imaginação para encontrar uma solução. Sabe-se que no comportamento animal existem duas componentes: uma inata, isto é, transmitida por via hereditária, e outra adquirida.

A fase da aprendizagem ocorre durante a infância e a juventude e produz-se mediante a imitação, a experiência e a educação que as crias recebem dos pais e dos próprios "donos".

Para melhorar a tendência natural do gatinho para a caça, a mãe desempenha um papel fundamental, uma vez que ensina às crias os métodos - saltos e sapatadas - mais eficazes para capturar a presa.

Apesar de serem dotados de uma natural habilidade para perseguir e agarrar as presas, os gatinhos que não receberam qualquer educação nesse sentido, raramente chegam a concluir o acto da caça.

Também o uso da caixa de areia resulta da imitação do exemplo materno pois que, pelo menos de início, a areia numa caixa não faz para eles qualquer sentido.

A memória desempenha também um papel importante na inteligência felina, uma vez que permite estabelecer uma relação entre o problema que o gato deve resolver e a experiência já adquirida.

Os peritos falam de pensamento "associativo" ou "analítico", de "síntese" e de "dedução", numa palavra de lógica. Podemos observar estes momentos de duvida num gato quando ele está perante uma situação, por exemplo na porta da rua quando lá fora está a chover, o gato pára e sua cauda abana enquanto ele decide se sai ou não, após a resolução, frequentemente ficar em casa, a sua cauda volta ao estado normal.

Outra prova de inteligência: o gato não se obstina face a uma situação que não compreende ou frente a um problema que não consegue resolver. Por exemplo, um gato que se olha ao espelho procura descobrir onde se esconde o "outro" gato. Ao não encontrar nenhum, toca com a pata várias vezes no espelho para certificar-se mas, por fim, desinteressa-se pelo enigma e afasta-se daquele "gato" que o encara e que não possui qualquer cheiro e que, evidentemente, não merece que se perca tempo com ele.

O gato é de natureza prudente. Jamais se aventura a fazer algo sem tomar precauções. Se sai à noite, espera junto da porta que seus olhos se acostumem à escuridão. Em face do perigo, geralmente prefere pôr-se em segurança, em qualquer refúgio elevado, donde observa o inimigo com um olhar maligno, seguro de que este não pode alcança-lo mas, se não vê saída, não hesita em defender-se.

A prudência do gato só é traída pela sua curiosidade que muitas vezes o leva a pisar o risco. Os gatos gostam muito de descobrir e explorar tudo o que os rodeia. A sua imagem reflectida num espelho será motivo de curiosidade, outro motivo de intriga é a porta fechada, a frase o gato está sempre do lado errado da porta, reflecte muito está necessidade do gato descobrir o que está do outro lado da porta. Ele procura, por todos os meios ao seu alcance abrir a porta, os mais inteligentes agarram-se a maçaneta outros limitam-se a miar ou a arranhar a porta.

Há quem defenda que certas raças, a siamesa, por exemplo, são mais inteligentes que outras, mas isto não foi provado cientificamente.

O que é certo é que todos os gatos são capazes de mil astúcias: beber da torneira, roubar petiscos de sacos mal fechados, lamber o leite da chávena e distinguir numerosas expressões ou responder quando se chama pelo nome, já para não falar do famoso sexto sentido que o capacita a orientar-se, mesmo em terrenos desconhecidos.