Visão
Excelente, tanto de dia como de noite, pois a sua pupila vertical tem grande poder de dilatação e contracção, segundo a intensidade da luz;
ele é capaz de perceber objectos com uma luz muito fraca mas não conseguem ver na escuridão completa, vêem melhor à noite, quando comparados com os humanos porque apenas precisam de 1/6 da luz que nós precisamos.
Mas para conseguir ver com pouca luz, ele prescindiu de conseguir ver os pequenos detalhes, vêem-nos desfocados. O campo de visão de um gato é de 185 graus.
Ainda que alguns estudos defendam que os gatos sejam daltónicos, estudos recentes provaram que os gatos conseguem distinguir vermelho, verde, azul, cinzento e amarelo.
Mas as cores não são tão importantes na vida dos gatos como são na nossa. Apesar de os gatos conseguirem ver as cores, seu cérebro não as interpreta, portanto não fazem sentido para eles.
Brilhantes no escuro, os olhos do gato foram "projectados" para verem à noite, quando costumam caçar. A sua visão é estereoscópica: determina a distância exacta entre ele e sua presa. O aspecto reluzente é possível graças ao tapetum lucidum, formado por 15 camadas de células localizadas atrás da retina, que reflectem a luz. Mesmo com pouca luminosidade, os gatos são capazes de ver: a pupila se dilata completamente, formando um círculo, quando exposta à luz solar, se contrai, tornando-se quase uma listra vertical.
Ao incidirem nos olhos, os raios de luz estimulam as células receptoras da retina, são reflectidos pelo tapetum lucidum, e retornam para aquelas células. Graças ao caminho de ida e volta percorrido pela luz, a visão nocturna é aumentada, mas não permite ver na ausência de luz. O campo de visão é amplo, se comparado ao humano.
Tacto
Os pêlos de seus bigodes são órgãos tácteis muito sensíveis, tal como as patas. Os bigodes dos gatos são importantes órgãos tácteis. As suas bases têm terminações nervosas e fornecem informações instantâneas ao gato sobre o que encostar em sua superfície.
Funcionam também para medir as mudanças no ar provocadas por quaisquer movimentos. São úteis principalmente quando há pouca luminosidade ou durante a caça; sendo projectados para sondarem o terreno em busca de obstáculos. As sobrancelhas, a ponta do nariz e as patas são também regiões tácteis. Sensíveis a vibrações e com tacto desenvolvido, os gatos podem avisar sobre a proximidade de sismos.
Audição
Mais sensível do que a dos homens e cães. Os seus ouvidos afunilados, canalizam e amplificam os sons como um megafone. Os gatos ouvem até 65 kHz , enquanto que os homens ouvem até 20 kHz. A audição é um dos mais importantes sentidos do gato, depois da visão, capazes de escutar sons no âmbito ultra-sónico, os gatos têm uma audição excelente, principalmente quando jovens.
O seu ouvido possui formato irregular e assimétrico, com 30 músculos. As orelhas têm o poder de virar-se rapidamente e com precisão, em busca de sons. Reconhecem palavras, como seu próprio nome. A partir dos cinco anos, o ouvido da maioria das raças perde sua percepção pronunciada. Há variedades brancas surdas de nascença.
Olfacto
Enquanto nós possuímos cerca de 5 a 20 milhões de células olfactivas, os gatos possuem cerca de 60 a 80 milhões. Além destas células existe um outro órgão que serve a mesma função olfactiva e que está situado no céu-da-boca, que é o órgão de Jacobson. É um analisador de odores que é activado quando o gato sente odores fortes. A capacidade olfactiva do gato é cerca de 30 vezes maior que a do ser humano.
Na membrana que reveste o nariz dos gatos, localizam-se 19 milhões de extremidades nervosas destinadas ao olfacto; o homem possui apenas cinco milhões. Essencial para a caça, o olfacto conserva-se desenvolvido nos gatos domésticos, sendo utilizado na "investigação" de comida e do cheiro de outros gatos. O olfacto contribui para a palatabilidade: um animal com as vias nasais congestionadas pode recusar as refeições.
Dependendo do cheiro, um alimento torna-se mais ou menos apetitoso. Daí a preferência por comida morna, que exala forte aroma. O focinho do gato é sensível a odores compostos de nitrogénio, contidos no peixe e em alimentos em deterioração. O olfacto é utilizado para detectar a marcação de territórios, feita por meio de secreções. Quando um gato se esfrega numa pessoa ou objecto, está a identifica-los como sua propriedade através do próprio cheiro.
